Em Macaé, apenas 10 por cento das embarcações utilizam o ecoponto para a troca do óleo
segunda-feira, 11 de março de 2013De acordo com dados da Associação Mista de Pescadores, apenas 10% das 500 embarcações de Macaé utilizam o ecoponto de recolhimento de óleo dos barcos pesqueiros mantido pela prefeitura para a troca do combustível. Segundo o diretor do local, Arquimedes Batalha, o restante destina o óleo por outros meios sem controle.
Segundo Batalha, muitas pessoas guardam esse óleo para lubrificar peças de motores e pintar moirão, entre outras utilidades, o que não é indicado. “É importante sempre lembrar que é preciso depositar os óleos nos postos na cidade de Macaé de coleta, porque qualquer destino inadequado do óleo pode contaminar o meio ambiente”, alerta. Para a prefeitura, essa declaração evidencia a atual falta de estruturação do projeto no que tange à educação ambiental, para sensibilização do pescador e da equipe que manuseia o resíduo, e mostra a importância de se investir não apenas em maquinários, mas também na conscientização através de campanhas de educação ambiental.
Para conhecer a situação do espaço e ver o que pode ser feito, técnicos da Secretaria do Ambiente vistoriaram o ecoponto que está instalado no Porto do Barbudo, na Nova Holanda. A equipe visitou, além do ecoponto, vários outros locais para avaliar uma possível mudança de endereço, a fim de facilitar o acesso por parte dos pescadores. Após a compilação dos dados, juntamente com a Secretaria Municipal de Pesca, eles serão chamados à Capitania dos Portos e ao Iate Clube de Macaé para discutir possíveis soluções estruturantes, objetivando também uma campanha sistemática de educação ambiental para proteção do Rio Macaé.
DANOS AMBIENTAIS
O óleo lubrificante usado nas embarcações, quando descartado diretamente no meio ambiente, pode ocasionar prejuízos. Um litro de óleo pode contaminar um milhão de litros de água, afetando a vida dos peixes e demais animais que constituem a flora local, bem como as espécies não marinhas, mas cujo modo de vida depende da água. O óleo lubrificante automotivo pode causar intoxicação na fauna aquática pela presença de compostos como o tolueno, o benzeno e o xileno, entre outros ou agir obstruindo fisicamente os tecidos, causando asfixia e danos subletais, por impregnar na pele.
Atualmente, a fiscalização de quem descarta o óleo de maneira errada é feita em sua maioria, por meio de denúncias. Entretanto, algumas vistorias são realizadas esporadicamente.
Fonte: Macaé News
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